sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Certezas não...mas possibilidades...

Há mais oculto do que a escuridão possa suportar.
No oculto agente se encontra. Só é possível haver reconhecimento se houve um conhecimento prévio.
Descobrir a essência das coisas garante a você a percepção da falta ou do excesso.
Saber onde sobra ou falta é mais que um auxílio na descoberta do que está no oculto.


Entenda...entenda...
Não preciso conhecer o caminho pra saber o que aguarda ao fim dele.
Não preciso de um guia pra saber o próximo passo.
Não preciso de um roteiro, primeiro porque a história pode mudar a qualquer momento. Segundo por que a história sempre se repete. Seja na menor porção seja por completo.

Alguns sentidos doem...sem que seja necessário o toque. Eu não sei se a essa visão serve de proteção...mas pode ser...fazer doer antes que seja pior. É como um preparo.

Enxergar por categoria, trabalhar com possibilidades e seguir sempre como se não fosse nenhuma das hipóteses e mesmo quando souber, só seguir sabendo...e a raiz de todo mal acaba morrendo sozinha...não sozinha...mas é muito complicado de explicar agora.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

...



É interessante como a percepção das coisas pode ser subjetiva. Afinal nem tudo é tão perceptível como podemos achar que é. Até porque por mais que tentemos olhar pelos olhos de outra pessoa seja com a melhor das intenções possíveis ainda assim a margem de erro é muito grande.
Eu diria que é uma espécie de aberração cromática que nos atrapalha ver a verdadeira cor dos acontecimentos ao nosso redor. Depende muito da lente que está diante dos nossos olhos. Quem já passou por muitas decepções dificilmente vai julgar de forma imparcial. É o que dizem: “Cachorro mordido de cobra tem medo até de lingüiça”.
Nossa mente é capaz de elaborar uma média de situações e partir desse resultado pra julgar tudo que acontece a nossa volta. Não vale a pena entristecer por isso já que eu tenho consciência que se trata de um mecanismo de defesa do coração.
Mas é certo que a defesa por vezes...muitas vezes acaba se tornando um ataque. E eu aprendo que avaliar uma situação nunca é demais e aprendi também que há situações que só será completamente compreendida com tempo e a maturidade que outras situações vão trazer.
Esperar, essa é a palavra que tem a ver com uma das maiores virtudes que alguém pode ter. A paciência. 

domingo, 22 de maio de 2011

Curta a perfeição


Acho que a perfeição já passou por nós diversas vezes. Mas somos constantemente instáveis. Por isso permanecemos insatisfeitos.
Tudo que agente julga hoje só pode ser baseado no que já foi, nunca pelo que há de vir, não sabemos o que há de vir, por isso a expectativa nos atrapalha de reconhecer um momento perfeito. E mesmo quando reconhecemos um momento perfeito e esse momento já não é mais presente ele fica registrado em nossa mente, dai pra frente todos os momentos serão relativizados. Uma sutil diferença no estado de graça já torna nosso julgamento parcial. Existe ainda o fator memória, que nem sempre funciona. Leves bons momentos e o tempo que nos distancia daquele breve momento perfeito o torna distante, o que um dia foi inesquecível passa todos os dias pelo teste da memória. Ou você se torna uma pessoa nostálgica e relembra com freqüência e gratidão tudo que te aconteceu de bom ou se concentra no próximo êxtase.
A comparação é uma ferramenta cruel pra nossa satisfação. Seja o beijo perfeito sob a chuva ou o abraço perfeito num dia frio sob as estrelas, ali houve êxtase.
Bom mesmo é deixar cada momento em seu espaço. E que a avidez natural que nos empurra pra frente sirva apenas pra distrair a lamentação do que foi, e nos ajude a concentrar no que ainda pode ser.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sem perdas...


Porque às vezes tudo que você mais quer rói em chamas, e sua personalidade já ferida pelo tempo parece já nem sentir os estragos que a vida te causou. Mas de alguma forma há vida em você, e é o suficiente pra saber que há algo de errado.
Mas existe mesmo erro em passar por tudo que a vida te oferece? Eu penso que somos relativamente ingratos. Acho que estamos relativamente mal acostumados a receber. E somos pouco preparados pra perdas.
E pra não desistir eu preciso partir do princípio que perder não é opcional. Ninguém é voluntário a perda. Mas a renuncia por si é voluntária.
A perda causa dor. Por outro lado a renúncia é libertadora.
Renúncia abrange conformidade. Perda abrange derrota. Renunciar – se é ser vitorioso, e ao mesmo tempo deixar vencer.
A perda caleja o coração. A renúncia o torna cada vez mais fofo.

Parte o coração que não pode fazer outro coração feliz. A felicidade só pode ser efetiva se puder ser compartilhada. 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Dúvida


Quando eu era criança nada precisava fazer sentido. Bastava que me interessasse.
Cada dia que passa tudo que tem menos sentido passa a me interessar mais. E quanto menos respostas eu tenho mais eu quero saber. A dúvida é como um fenda por onde atravessa um fino feixe de luz.
A dúvida não te dá certeza. Mas te deixa insatisfeito. A insatisfação é que buscas mais respostas.
A duvidar é estar em cima do muro. É supor. É ver possibilidades.

Mas o tempo. O tempo... Ele é inimigo da dúvida.
A dúvida não é capaz de superar o tempo.
Se o tempo não destrói a duvida com respostas. Ele destrói com a morte.

A consciência também é inimiga da dúvida. Embora a consciência não mate ela fere a dúvida. Ela a joga contra a parede.

A consciência é sincera. É fiel. É amiga.


Bokehs Vermelhos


Lá pelas tantas da madrugada o sono ainda esperando ônibus.
Os pensamentos em alta velocidade.
Da janela os carros são só luzes. Bokehs que enfeitam as páginas de pensamentos que passam lentamente...
Lembranças. O dia que foi. Amanhã. Os planos. Pensamentos torrenciais e infinitos.
É como num filme. Remete a solidão. Solidão necessária. Momento reflexão.
Bokehs vermelhos. Meus preferidos, não sei por quê.
No mp3 “Mahalia Jackson”. Sintonia com Deus. Ah... como eu gosto dessas mulheres que gritam...


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Confesso

Ana Carolina

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais




http://www.youtube.com/watch?v=P7RrfMccQl4